Iniciação Científica Concluída
O lugar social da mulher nos séculos XIX e XX
Pesquisadora: Maria Lucia Boarini
Período: 2018 – 2019
Acadêmica: Ilana Costa Ferreira
Resumo: Apesar do destaque que a situação da mulher e seus desdobramentos vêm ganhando na mídia, em nossos dias, considera-se que este não é um fenômeno estático no tempo e neste sentido acompanhar seus avanços e retrocessos se constitui em um estudo de relevância social. Como recorte metodológico as principais obras analisadas “Os Delitos Contra a Honra da Mulher” de autoria de Viveiros de Castro (1897), “Ordem Médica e Norma Familiar” de autoria de Jurandir Freire Costa (1983), os Anais das Conferências Mundiais da Mulher realizadas em 1975, 1980, 1985, 1995. Através de uma análise de dados coletados sob a perspectiva histórico-social.
Projeto de Correção de Fluxo no Paraná: solução ou medida paliativa?
Pesquisadora: Roselania Francisconi Borges
Período: 2017 – 2018
Acadêmica: Maria Júlia Dias Roque de Oliveira
Construindo uma unidade de ensino sobre eugenia com o uso da simulação clínica
Pesquisadora: Lilian Denise Mai
Período: 2017 – 2018
Acadêmica: Graziele Adrieli Rodrigues Pires
2018 - 1º lugar na grande área da Saúde no 27º Encontro Anual de Iniciação Científica - EAIC, Universidade Estadual de Maringá
A "natureza feminina" no imaginário social
Pesquisadora: Maria Lucia Boarini
Período: 2017 – 2018
Acadêmica: Beatriz Colabone Siqueira
Resumo: No início do século XX no Brasil, o discurso hegemônico representava a mulher enquanto “rainha do lar”. Entretanto, as mulheres da classe trabalhadora divergiam desse modelo diante da necessidade de trabalharem para garantir o orçamento familiar. Neste estudo temos como objetivo refletir sobre a concepção de mulher veiculada pela literatura, imprensa operária e científica no Brasil no início do século XX. Como fontes primárias e principais foram utilizados os Archivos Brasileiros de Hygiene Mental (1925-1947), o jornal operário A Plebe (1917-1951), O Quinze (1930) de Rachel de Queiroz e Parque Industrial (1933) de Patrícia Galvão. Após análise rigorosa, à luz dos acontecimentos históricos daquele período, os resultados indicam que imperava de modo geral, um ideal de mulher pautado na existência de uma “natureza feminina”, que significa a aptidão natural da mulher para o cuidado com o lar e com os filhos. Entretanto, em algumas publicações da imprensa operária tem-se a imagem da mulher trabalhadora não correspondente com os ditames, validados pela imprensa científica, da moral burguesa da época.
As causas da repetência escolar: um estudo sobre o Primeiro Congresso Nacional de Saúde Escolar
Pesquisadora: Roselania Francisconi Borges
Período: 2016 – 2017
Acadêmica: Daniela da Silva Rocengholli
O uso de testes psicométricos pelos higienistas e suas ressonâncias na contemporaneidade
Pesquisadora: Roselania Francisconi Borges
Período: 2016 – 2017
Acadêmica: Renata Andretto Santa Cruz
O lugar da saúde do professor na saúde escolar
Pesquisadora: Maria Lucia Boarini
Período: 2016 - 2017
Acadêmica: Beatriz Colabone Siqueira
Resumo: Atualmente as doenças ocupacionais tem recebido destaque em muitos estudos científicos em função de sua grande incidência. Entre as categorias profissionais mais acometidas por adoecimento físico e/ou psíquico está a dos professores. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é investigar como a temática da saúde do professor tem sido considerada na literatura científica. Como fonte primária e principal deste estudo utilizou-se os Anais do I Congresso Nacional de Saúde Escolar, ocorrido na cidade de São Paulo/SP no ano de 1941. Este evento contou com o apoio e a representação do governo federal e do interventor do estado de São Paulo da época. Após análise rigorosa, à luz dos acontecimentos históricos daquele período, os resultados indicam que do ensino escolar era exigido a prevenção e irradiação de hábitos saudáveis e o professor era um dos responsáveis por esta tarefa. Como desdobramento desta exigência, a preocupação com a saúde do professor esteve atrelada a eficiência do ensino.
Duas faces da higiene: ensinamentos em Florence Nightingale e no movimento higienista
Pesquisadora: Lilian Denise Mai
Período: 2016 - 2017
Acadêmica: Ketelin Cristine Santos Ripke / Graziele Adrieli Rodrigues Pires
Resumo: O objetivo foi identificar aspectos de historicidade nas concepções de higiene em Florence Nightingale e no ideário higienista. Metodologia qualitativa, mediante pesquisa documental e bibliográfica, com leitura do livro “Notas sobre enfermagem”, de 1859, e referências sobre o movimento higienista construído no Brasil no início do século XX. Como resultados, as diferenças de concepção foram exemplificadas com as expressões ‘casa insalubre’, no caso de Nightingale, e ‘país insalubre’, no caso dos higienistas, de modo a explicitar alguns alcances e limites em torno da higiene. Florence, mesmo sem evidências científicas concretas e com tecnologias precárias, instituiu e primou por práticas de higiene e limpeza nos domicílios e hospitais, reduzindo drasticamente os índices de mortalidade entre os soldados feridos em guerra. O ideário higienista, já dispondo de maiores avanços técnico-científicos, fez ecoar a necessidade de higiene sem, contudo, demonstrar capacidade de interferir na origem das precárias condições de vida e melhorar os indicadores de saúde. Conclui-se que a importância da higiene foi apontada e consolidada, ao mesmo tempo em que se explicitaram os limites históricos da socialização de seus benefícios.
Reprodução humana, planejamento familiar e eugenia: um campo aberto ao debate
Pesquisadora: Lilian Denise Mai
Período: 2015 - 2016
Acadêmica: Amanda Caroline Paganini / Ketelin Cristine Santos Ripke
Resumo: O presente projeto de iniciação científica concentra-se no campo da reprodução humana e de planejamento familiar. O objetivo foi analisar a compreensão de estudantes de enfermagem e medicina sobre situações práticas no campo da reprodução humana e planejamento familiar à luz de um referencial teórico eugenista. Tratou-se de uma pesquisa de caráter qualitativo, descritivo e exploratório, desenvolvida de agosto/15 a julho/16, cuja coleta de dados ocorreu por meio de entrevista gravada orientada por um instrumento elaborado para esse fim. Foram entrevistados sete alunos de enfermagem e três de medicina, em atividade curricular no setor de Ginecologia e Obstetrícia de um hospital geral de ensino no período de setembro a dezembro de 2015. A análise dos dados seguiu análise de conteúdo, modalidade temática, finalizada com a construção de categorias empíricas que respondam ao objetivo e às questões propostas. O projeto foi aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (COPEP), de acordo com CAAE: 46239515.6.0000.0104, de 28/07/2015. A compreensão dos sujeitos permitiu a construção de três categorias: ‘Avanço da ciência e da tecnologia (...) tratar isso (...) uma maravilha’; ‘Avanço da ciência e da tecnologia (...) criar um indivíduo’; e, ‘Muito polêmico (...) muito que discutir ainda’. Concluiu-se que os avanços técnico-científicos fazem emergir novas possibilidades de intervenção, que trazem à tona dilemas no campo prático e no campo ideológico e mostram a necessidade de debates nos meios acadêmico, científico, profissional e/ou social.
Perfil dos usuários do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil – CAPSi da cidade de Maringá–PR
Pesquisadora: Ednéia José Martins Zaniani
Período: 2014 - 2015
Acadêmica: Vanessa Cristina Paviani
Resumo: A criação do CAPSi vem sendo considerada na história da Reforma Psiquiátrica brasileira como a iniciativa mais concreta de deslocar o cuidado com a saúde mental de crianças e adolescentes em sofrimento psíquico grave e persistente para a rede pública de saúde. Trata-se de um serviço de atenção diária, de base comunitária, que visa a (re)inserção social dos seus usuários. Mas, quem são as crianças e adolescentes atendidos? Por quem ou por quais instituições são encaminhados? Com quais queixas chegam? O objetivo dessa pesquisa será o de traçar o perfil da clientela que frequenta o CAPSi da cidade de Maringá-PR, buscando conhecer por meio da observação participante e do acesso às fontes documentais disponibilizadas pela instituição, algumas especificidades dessa população.
Produções científicas sobre altas habilidades/superdotação: uma análise dos últimos cinco anos
Pesquisadora: Roselania Francisconi Borges
Período: 2014 - 2015
Acadêmica: Nadine Willwock Machado
Resumo: Este projeto tem como objetivo realizar um levantamento bibliográfico acerca da literatura científica produzida nos últimos cinco anos sobre a temática das altas habilidades/superdotação. Em termos metodológicos, este trabalho será viabilizado por meio da busca de produções científicas em base de dados tais como: Scielo (Scientific Eletronic Library Online), PePSIC (Portal de Periódicos Eletrônicos de Psicologia da Biblioteca Virtual em Saúde) e Banco Digital de Teses e Dissertações, produzidas entre os anos 2008 e 2013. Os descritores de busca serão os termos altas habilidades, superdotação e altas habilidades/superdotação. A partir dos dados coletados e analisados será elaborado um catálogo sobre o material levantando em termos de uma possível divisão de acordo com categorias que estejam mais presentes nos mesmos (tipo de estudo, metodologia utilizada, resultados encontrados, etc), tendo em vista uma apreensão geral do tema e a elaboração do relatório final. Esta proposta insere-se nas proposições do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre o Higienismo e o Eugenismo – GEPHE que almeja compreender os fundamentos das concepções e práticas da atualidade à luz da análise histórica.
O estado da arte: a psicologia e a interface com a higiene mental e a eugenia
Pesquisadora: Maria Lúcia Boarini
Período: 2014 - 2015
Acadêmica: Elaine dos Santos Bergamaschi
Resumo: Os pressupostos e as práticas desenvolvidas pelo movimento de higiene mental e eugenia, nas primeiras décadas do século XX, tinham um caráter essencialmente médico e positivista que visava além de melhorias nas condições sanitárias, o desenvolvimento da sociedade da época. Neste sentido, fenômenos sociais tais como a loucura, o alcoolismo, a prostituição eram tratados invariavelmente na perspectiva medica biológica, destacando-se por razões históricas o ideário da eugenia e do higienismo e sua vertente da higiene mental que imperava naquele período. Segundo Boarini (2012) o ideário higienista na vertente da higiene mental atravessou o século e mantém-se presente até os dias atuais, de modo que compreender a história e a produção cientifica acerca da Higiene Mental e Eugenia se tornam relevantes para desvelar as influências desse movimento em nossa sociedade. Desse modo propõe-se realizar um estudo do estado da arte das produções sobre Higiene Mental e Eugenia no inicio do século XX no Brasil, a fim de mapear as obras cientificas desse movimento.
O encontro entre a legislação infanto-juvenil e a psicologia
Pesquisadora: Maria Lúcia Boarini
Período: 2014 - 2015
Acadêmica: Priscila Regina Oliveira Regassi
Resumo: Este resumo diz respeito a um projeto de iniciação cientifica/PIBIC em desenvolvimento cujo objetivo é recuperar a inserção da ciência psicológica e do profissional psicólogo no campo jurídico no que tange as decisões judiciais em relação ao segmento infanto-juvenil, em especial aos adolescentes em conflito com a lei. Já é de conhecimento público que a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA (BRASIL, 1990) promoveu importantes reformulações na legislação infanto-juvenil. Uma destas reformulações, dentre outras, é a determinação que o maior de doze anos e o menor de dezoito anos de idade devem ser responsabilizados de acordo com a lei cabível a ele, atribuindo medidas protetivas a crianças inferiores a doze anos de idade. Em decorrência desta nova legislação, em 1992, é incluída a profissão de perito-psicólogo no catalogo do Ministério Público. A partir desta época o psicólogo perito faz parte do corpo técnico da justiça bem como o assistente social que emitem pareceres, quando solicitado pelo juiz que decide a necessidade de um laudo psicológico de acordo com seu discernimento e a gravidade do ato infracional. É importante ressaltar que a elaboração de laudos psicológicos pode ser determinante na decisão do juiz sobre a aplicação de penas a atos infracionais cometidos por adolescentes e crianças. E aqui temos duas questões que estimulam o desenvolvimento deste estudo: 1. Antes de 1992 existiam estas avaliações? Quem as realizava? 2. E atualmente como são realizadas estas avaliações? Maria Helena de Souza Patto e Sylvia Laser de Mello em instigante artigo publicado na revista Psicologia USP no ano 2008 observam a precariedade da elaboração dos laudos psicológicos que consideram a vitima como sendo a única culpada, sem fazer maiores questionamentos sobre a complexidade do assunto. De acordo com estas autoras “laudos precários são capazes de estigmatizar e de justificar desigualdades sociais reduzindo o problema ao individual esquecendo-se da diversidade social e econômica da sociedade que vivemos. Profissionais mal formados se acham no poder de dizer sobre o íntimo da pessoa, já que toda uma história o põe como competente para este fim”. As autoras ainda afirmam que na maioria das vezes nos laudos, o que são encontrados “são saberes naturalizados frente à autoconfiança que o psicólogo tem sobre a realidade psíquica do individuo”. Por outro lado, na recuperação da história constatamos que o fenômeno da criminalidade infanto-juvenil não é algo especifico da atualidade. Ednéia José Martins Zaniani no capítulo a Criminalidade infantil: a ‘endemia traiçoeira’ do Brasil Republicano, do livro intitulado Higiene Mental: ideias que atravessaram o século XX de 2012, aponta informações que desde o início do século XX os médicos higienistas já estavam preocupados com a questão da criminalidade infanto-juvenil, afirmando esta ser de “ordem patogênica e fruto de uma má educação, colocando o problema maior na ordem individual do que social”. Diante do exposto estamos desenvolvendo o presente estudo de caráter bibliográfico recuperando informações publicadas em livros, revistas, jornais e demais documentos e legislações das épocas que, por questão de organização, dividiremos em três períodos que esclarecemos a seguir: 1. Período de 1927-1961 quando ocorreu a promulgação do Código de Menores do Brasil o qual consolidou a assistência e proteção a crianças e adolescentes impedindo que a criança com idade inferior a quatorze anos passasse por processo penal e entre quatorze e dezoito anos passasse por processo especial, resgatando fatos históricos daquela época que tinha por objetivo a tutela do “menor”, termo que simbolizou a infância pobre e criminalizada. 2. Período 1962-1990 quando a psicologia se estabelece como profissão no Brasil pela lei nº 4.119/62, e passa a assumir, gradativamente, espaços na área jurídica. 3. Após 1990 com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA que permitiu a inserção do psicólogo no corpo técnico auxiliar do Juiz da infância e da juventude. Desta forma o trabalho a ser realizado se encontra no eixo temático “práticas e lugares de atuação ao longo da história da psicologia” versando sobre a prática jurídica que o psicólogo conquistou no decorrer do tempo questionando suas práticas laudatórias.
A eugenia na atualidade
Pesquisadora: Maria Lúcia BoariniPeríodo: 2014 - 2015
Acadêmica: Camila Zamboni Oliveira e Melline Ortega Faggion
Resumo: A eugenia, nos primeiros anos do século XX, ficou reconhecida como um movimento social e científico que reuniu esforços para o melhoramento e aperfeiçoamento da espécie humana. Atualmente o ideário eugênico ainda se faz presente na sociedade e, em geral, é relacionado aos estudos genéticos. Ao pensarmos na repercussão e no compromisso ético, político e social das práticas biotecnológicas podemos analisá-las sob a óptica eugênica e reconhecer a necessidade de colocar este assunto em pauta. Neste sentido, o presente estudo buscará estudar a eugenia na atualidade, ou seja, analisar como este ideário vem sendo propagado, quais são as práticas eugênicas atuais e para quais fins estão sendo direcionadas. Para atender tal proposta, essa investigação irá pesquisar e analisar materiais de bases científicas e da imprensa comum no Brasil e Espanha, no período de 1950 a 2013.
A formação acadêmica em psicologia tem contribuído para a construção do modelo de atenção psicossocial?
Pesquisadora: Ednéia José Martins Zaniani
Período: 2013 - 2014
Acadêmico: Daniel Rodrigues
Resumo: O modelo de Atenção Psicossocial, que norteia a atual Política de Saúde Mental no Brasil, pleiteia transformações nos campos técnico-assistencial, político-jurídico, teórico-conceitual e sociocultural. Busca-se a construção de um novo paradigma, sendo imprescindível que a Psicologia se insira ativamente nesse processo e que a formação acadêmica prepare para uma prática que supere o modelo clínico tradicional. Propomos investigar se a formação tem contemplado esse debate e contribuído para a construção do modelo de Atenção Psicossocial, tomando como amostra currículos de cursos solidificados de graduação em Psicologia de universidades públicas e privadas.