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Iniciação Científica Concluída

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A construção da identidade em adolescentes privados da liberdade: reflexões a partir de publicações atuais

Pesquisadora: Ednéia José Martins Zaniani

Período: 2013 - 2014

Acadêmica: Maiara Cristina Pereira

Resumo: O presente projeto de pesquisa tem como objetivo refletir sobre a construção da identidade em adolescentes que foram privados de liberdade à luz dos documentos oficiais e das publicações acadêmicas acerca do tema. Entender a adolescência como um período decisivo para a construção da identidade há tempos tem sido uma preocupação das mais diferentes orientações teórico-metodológicas da Psicologia. Nesse momento do desenvolvimento o sujeito começaria a se descobrir de diferentes maneiras, passaria a se questionar sobre si e sobre seu lugar no mundo. As respostas às suas perguntas serão influenciadas sobremaneira pelo contexto no qual está inserido. Partindo dessas considerações iniciais, questionamo-nos se e como a internação poderia incidir sobre a construção da identidade desse adolescente? Se e como a privação da liberdade poderia incidir sobre sua saúde mental? Como as publicações atuais tem tratado essa questão? Como tais publicações tem articulado a construção da identidade com o fato de cumprirem a medida socioeducativa de internação? A psicologia tem se pronunciado a esse respeito? Para responder a essas perguntas propomos realizar uma pesquisa qualitativa e bibliográfica, levantando inicialmente documentos oficiais que tratam do grande tema ‘adolescente autor de ato infracional’. Em seguida levantaremos os trabalhos produzidos (artigos, dissertações, teses, livros e capítulos de livros) tomando como recorte temporal a última década (2003-2013), procurando apreender se e como a psicologia se insere nessa discussão. Nossa análise será orientada pela Psicologia Sócio-histórica, de inspiração materialista histórica, que propõe a desnaturalização do sujeito e dos fenômenos, bem como uma compreensão dialética entre o mundo subjetivo e o mundo objetivo. Esperamos ao final desse trabalho compreender qual a entonação da discussão sobre a construção da identidade na adolescência levando em consideração sua condição de privação de liberdade.

Direito reprodutivo: caminhos e (des)caminhos influenciando direitos, deveres e decisões

Pesquisadora: Lilian Denise Mai

Período: 2013 - 2014

Acadêmica: Amanda Carolini Paganini

Resumo: Os direitos reprodutivos traduzem a liberdade de escolha que toda pessoa possui para designar como e quantos filhos deseja ter, assim como o seu direito não reprodutivo. O objetivo dessa pesquisa foi compreender a evolução histórica desse tema e alguns dilemas em relação a sua prática. Pesquisa exploratória, qualitativa e de caráter documental, realizada em 2013. Discutiu-se que desde 1948 vem sendo construído o conceito e o lócus dos direitos reprodutivos. Mas, concomitante aos avanços, também há dilemas e limitações. Religião, discussão populacional e algumas práticas que podem desencadear o estímulo à eugenia são algumas inquietações. Espera-se construir dados e informações para a instrumentalização e reflexão necessárias para uma capacitação profissional efetiva e crítica em saúde sobre essa temática.

Psicologia comunitária e atenção psicossocial: aproximações teórico-metodológicas para intervenção em saúde

Pesquisadora: Renata Heller de Moura

Período: 2013 - 2014

Acadêmica: Naihana Rodrigues Messias Miranda

Resumo: O projeto de pesquisa ora apresentado tem por objetivo pesquisar a Psicologia Comunitária brasileira e o “novo” paradigma da Atenção Psicossocial, visando reconhecer possíveis aproximações teórico-metodológicas para intervenção em saúde. Particularmente interessamo-nos por analisar possíveis encontros e/ou desencontros da Psicologia Comunitária e da Atenção Psicossocial no âmbito da saúde, por meio de uma pesquisa documental. Entendemos que a atuação do psicólogo possui um caráter elitista decorrente dos primeiros anos da profissão no Brasil e que, naturalmente, esse caráter elitista refletiu-se no despreparo desse profissional para atuar nas emergentes áreas de atuação presentes no atual cenário brasileiro. Esperamos que esta pesquisa contribua para incrementar o debate e produzir subsídios teóricos para a reflexão desta problemática, auxiliando na formação para atuação na rede pública de saúde, uma das áreas de atuação emergentes para a Psicologia. Tendo em vista que a Psicologia Comunitária é um saber em construção, valorizado por favorecer a criatividade e a autonomia frente à diversidade do fenômeno subjetivo que se nos apresenta e que, nos últimos anos, a demanda na área da saúde, em especial de saúde mental, aumenta, esta pesquisa busca compreender as propostas teórico- metodológicas da Psicologia Comunitária para intervenção sobre o fenômeno subjetivo no contexto comunitário, já que esta se preocupa com as condições internas e externas do homem, visando, deste modo, proporcionar o bem estar deste. É também, na psicologia Comunitária que os trabalhos em grupos são valorizados, pois tem como molde ideal a participação direta de seus membros buscando solucionar seus problemas. Além disso, queremos compreender as propostas teórico-metodológicas da Atenção Psicossocial, atual modelo de intervenção sobre a saúde mental e diretriz legal para a constrição de ações e serviços em saúde mental, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Ministério da Saúde, a Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/01, busca consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária, modelo este que tem sido chamado de “psicossocial”. Por meio dele, tem-se buscado garantir a livre circulação das pessoas com transtornos mentais pelos serviços, comunidade e cidade, e oferecer cuidados com base nos recursos que a comunidade oferece. A atenção psicossocial, portanto, objetiva levar o conhecimento dos profissionais de saúde (e entre eles está o psicólogo) até os serviços de base comunitária, considerando o indivíduo como sujeito-social, e consequentemente levando em consideração sua história, cultura, ações terapêuticas, tendo como foco principal o estabelecimento e a promoção de saúde, visando o bem estar social de todas as camadas da população. Psicologia Comunitária e Atenção Psicossocial, portanto, parecem ter pontos teórico-metodológicos comuns. Para aprofundar nossa compreensão, propomos esta pesquisa.

Revisitando o passado: as contribuições de Manoel Bomfim para a inserção da psicologia no Brasil

Pesquisadora: Roselania Francisconi Borges

Período: 2013 - 2014

Acadêmica: Caroline Daher De Lima

Resumo: Este trabalho teve o propósito buscar preencher algumas lacunas existentes na história da psicologia no Brasil, principalmente na história da psicologia escolar, a partir da análise de algumas produções do pensador sergipano Manoel Bomfim. Este autor é considerado um dos precursores de muitos dos pensamentos correntes a respeito de conceitos, métodos de técnicas atuais em psicologia. Enquanto recurso metodológico, analisamos quatro de suas obras as quais contribuíram grandemente para a sistematização do pensamento da psicologia atual. São elas: Lições de Pedagogia (1915/1917/1926), Noções de Psicologia (1917), Pensar e Dizer (1923/2006) e O Método dos Testes (1928). Os resultados demonstram que, no Brasil, Manoel Bomfim foi pioneiro em discutir e instituir conceitos e temáticas, como: a importância do psiquismo e suas multideterminações, o papel da linguagem e dos símbolos, funções psicológicas superiores, uso de testes psicológicos, constituição da personalidade, formação de processos psíquicos adaptativos, entre outros. Tais resultados podem ser apenas uma pequena demonstração de todo o conteúdo que ele tem a nos oferecer.

Nise da Silveira e os princípios e diretrizes da Reforma Psiquiátrica

Pesquisadora: Maria Lucia Boarini

Período: 2013 - 2014

Acadêmica: Glaucia Rodrigues da Silva

Resumo: O presente estudo objetiva investigar a proximidade dos procedimentos terapêuticos adotados pela médica psiquiatra Nise da Silveira (1906 - 1999) com os princípios e diretrizes da Reforma Psiquiátrica no Brasil que historicamente toma vulto a partir da década de 1970, cuja meta é a luta por uma “Sociedade sem Manicômios” e a substituição de uma rede de serviços de atenção psicossocial. Para alcançar o objetivo do estudo realizamos uma pesquisa bibliográfica e documental, a partir da busca de autores que abordam o assunto da Reforma Psiquiátrica e autores que estudaram a Nise da Silveira, assim como documentos referentes ao assunto em pauta. Os resultados obtidos demonstram que muitas reflexões levantadas por Nise da Silveira se aproximam dos princípios da Reforma Psiquiátrica, como a desospitalização, o problema das reinternações, a violência dos métodos terapêuticos e a necessária humanização no tratamento das pessoas com transtorno mental.

A eugenia no Brasil e a influência ibérica

Pesquisadora: Maria Lucia Boarini

Período: 2013 - 2014

Acadêmica: Melline Ortega Faggion

Resumo: Este estudo objetivou investigar os movimentos eugênicos no Brasil e nos países ibéricos. A partir da análise dos materiais coletados e de um olhar que cursa os corredores da história, podemos mais uma vez enxergar a história falando por si só na atualidade. Esta investigação aponta como um ideario, neste caso o da eugenia, ainda que tenha um conjunto de idéias “universal”, apresenta interpretação, repercussão própria e peculiar em cada país. As idéias eugênicas que serviram e servem até hoje para um discurso de melhoria e desenvolvimento da sociedade, foram utilizadas de maneira distinta por outros países, como a Alemanha, por exemplo, que se ateve a tal discurso para provocar o extermínio de pessoas. Além disso, como nos lembra Stepan (2005), o movimento eugênico na América Latina teve um caráter mais intenso no que diz respeito a melhorar e construir uma nação forte e isso se deve a própria história da América Latina. A linha que sustenta a eugenia e a interpretação dela é muito tênue, por isso é necessário sempre estar atento ao percurso do homem em relação à aplicação e utilização de tal ciência, isso nos auxiliará a não sermos condizentes com discursos que assumem um caráter científico, porém legitimam ainda mais as diferenças sociais e nos faz esquecer do que realmente sustenta a desigualdade, o racismo, e tantas outras problemáticas sociais. Isto deve ser um fator a ser observado, porque tanto antigamente como hoje a ciência e todos os fatos que podem ser “comprovados cientificamente” se converteram em verdades praticamente absolutas.

O atendimento aos usuários de substâncias psicoativas: algumas reflexões

Pesquisadora: Maria Lucia Boarini

Período: 2013

Acadêmica: Suzana Tomal Brondani

Resumo: Este estudo teve como objetivo refletir a respeito das Políticas Públicas adotadas no Brasil no atendimento aos usuários de álcool e outras drogas. Para tanto recorremos à análise da literatura científica disponíveis sobre este assunto, a debates realizados a respeito do tema e à legislação brasileira vigente, em especial a Política de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, os princípios da Reforma Psiquiátrica, Programa Nacional de Direitos Humanos e a Política Nacional sobre Drogas, o que caracteriza uma pesquisa bibliográfica. Como resultado, constatamos que umas das polêmicas da atualidade é a consideração das Comunidades Terapêuticas/CTs como mais um recurso do Sistema Único de Saúde, passível de financiamento com verbas do SUS. Reconhecemos a legitimidade social das CTs na atenção do usuário de álcool e outras drogas. Mas reconhecemos também que não há correspondência entre os princípios das CTs e os do SUS, sinalizando assim, rompimentos com os direitos humanos na prática dessas instituições. 

As mazelas escolares - O discurso da atualidade

Pesquisadora: Maria Lucia Boarini

Período: 2012 - 2013

Acadêmica: Rhuana Ramos dos Santos Marques

Resumo: O objetivo deste estudo é investigar a explicação dos educadores do ensino fundamental sobre as históricas e recorrentes mazelas escolares e também avaliar a presença do ideário da higiene mental e da eugenia nos discursos coletados junto a estes educadores. Trata-se de uma investigação de caráter exploratório que visa construir hipóteses através da correlação entre o problema de pesquisa com experiências práticas. Para tanto, será realizado o levantamento bibliográfico sobre o fracasso escolar e as causas que freqüentemente vem sendo atribuídas a este fenômeno. Ao fim pretende-se correlacionar a literatura especializada com os dados obtidos nas avaliações dos entrevistados.

O consumo do álcool na perspectiva do(a) universitário(a)

Pesquisadora: Maria Lucia Boarini

Período: 2012 - 2013

Acadêmica: Camila Zamboni Oliveira

Resumo: Já é de domínio público os graves problemas produzidos pelo abuso do álcool. Pela visibilidade que este problema alcança tem-se a impressão que é um fenômeno atual. Entretanto, desde as primeiras décadas do século XX os médicos higienistas já se preocupavam com esta questão. Pela relevância deste assunto e pela necessidade do profissional de saúde ter conhecimento das políticas neste campo, este estudo visou investigar o conhecimento e avaliação dos estudantes de graduação de Medicina, Psicologia e Enfermagem sobre o consumo de álcool no Brasil. A metodologia utilizada para alcançar este objetivo foi uma pesquisa de campo exploratória, realizada por meio de entrevistas com doze universitários do último ano dos cursos de graduação em referência de uma instituição pública. O estudo nos revelou que os universitários demonstram um conhecimento superficial beirando o senso comum a respeito das políticas públicas sobre álcool e total desconhecimento sobre o histórico deste problema.

Planejamento familiar, um estudo do seu caráter educativo e eugênico

Pesquisadora: Maria Lucia Boarini

Período: 2012 - 2013

Acadêmica: Melline Ortega Faggion

Resumo: Este estudo teve como objetivo principal analisar o caráter educativo do programa de planejamento familiar e a existência, ou não, de características eugênicas. O programa de planejamento, busca propiciar um serviço que  estimula ou evita a gravidez. Todavia, o planejamento familiar não está livre de controvérsia, a medida que há questionamento sobre a isenção desta política pública quanto a sua aplicação em diferentes classes sociais o que estimula indagar os limites entre a política de planejamento e a eugenia. Tal estudo justificou-se pela carência de produção desta temática na literatura especializada. Metodologicamente se caracterizou como uma pesquisa de campo de caráter exploratório e se valeu de onze entrevistas com estudantes do último ano de graduação de Medicina, Psicologia e Enfermagem. Como resultado foi possível identificar a falta de conhecimento dos entrevistados tanto sobre política de planejamento familiar, quanto de eugenia, isto por sua vez, salienta a necessidade de discussão e relação entre os dois assuntos.

Influência da mídia televisiva na manutenção dos estereótipos sobre a loucura e sobre o modelo de tratamento hospitalocêntrico/manicomial: concepções de estudantes universitários e população geral

Pesquisadora: Roselania Francisconi Borges

Período: 2012 - 2013

Acadêmicas: Ana Paula Siltrão Bacarin e Mônica Salci Capelasso

Resumo: Este trabalho teve o propósito de investigar a influência da mídia televisiva sobre as concepções que a população em geral e estudantes de graduação nutrem sobre a loucura, com uma amostra da população do município de Maringá-PR. Para tanto, foram realizadas entrevistas e obtidas análises qualitativas das mesmas. Os resultados demonstram que a maioria das pessoas possui pouco conhecimento sobre a loucura e os modelos de cuidado; recebe frequentemente informações sobre a loucura através da mídia televisiva, aumentando assim o potencial de influência deste veículo de informação. Os resultados apontam que um importante desafio é retirar os estigmas da violência e agressividade atrelados ao louco, pois aqueles estão entre as explicações de muitos entrevistados sobre a loucura, o que possivelmente contribui para manutenção da exclusão. Isto seria uma forma de contribuir para a reflexão sobre os preconceitos e estereótipos arraigados historicamente sobre o louco e a loucura na sociedade contemporânea.

A esterilização humana como medida de eugenia negativa à luz do Boletim de Eugenia (1929-1931)

Pesquisadora: Lilian Denise Mai

Período: 2012 - 2013

Acadêmicas: Amanda Cristina Pires Zampiere e Jamile Charal Lopes

Resumo: A esterilização humana é o conjunto de técnicas especiais, cirúrgicas ou não, para impedir a fecundação, tornando o indivíduo incapaz para a reprodução da espécie. O objetivo dessa pesquisa foi analisar a proposição da prática da esterilização humana como medida de eugenia negativa nas primeiras décadas do século XX. Sob metodologia qualitativa, o Boletim de Eugenia (1929-1931) foi fonte primária, sendo selecionados 22 textos, de 11 autores. A partir da Análise de Conteúdo, modalidade temática, foram construídas duas categorias: “programa que vise o bem-estar da sociedade” e “esterilização humana para fins eugênicos”. A primeira enfocou o debate dos eugenistas brasileiros e internacionais sobre a esterilização humana e implicações na sociedade; a segunda trouxe conceitos, aplicações, limites e contradições em torno dessa prática. Conclui-se que a defesa social da esterilização associa-se à defesa da eugenia, tanto por motivações biológicas, sociais ou econômicas, estando à mercê de contradições e limites de cada época histórica.

A saúde mental na atenção básica: ressonâncias dos 10 anos da "Lei da Reforma Psiquiátrica"

Pesquisadora: Renata Heller de Moura

Período: 2012 - 2013

Acadêmica: Adryelle Gouvêa

Resumo: A Lei nº 10.216 de 2001 (“Lei da Reforma Psiquiátrica”) é um marco na reorganização da assistência em Saúde Mental no Brasil. Essa lei estabelece que  a assistência em Saúde Mental deve ser oferecida por uma rede articulada de  serviços  substitutivos ao hospital psiquiátrico.  Atenção Básica deve contribuir para isso. Esta pesquisa objetivou uma reflexão acerca da implementação de propostas de Saúde Mental na Atenção Básica brasileira, após a publicação da “Lei da Reforma Psiquiátrica”.  Queremos conhecer discussões e ações em Saúde Mental na Atenção Básica presentes nas publicações do Ministério da Saúde e em publicações científicas disponíveis em bases de dados online, de 2001-2011. A pesquisa situou-se no campo das metodologias qualitativas, sendo pautada na concepção de homem como ser histórico. Para a análise dos dados, a referência teórica foi o modelo de Atenção Psicossocial. As publicações demonstraram os desafios existentes na Atenção Básica para implementação desse modelo.

Álcool: uma preocupação dos higienistas

Pesquisadora: Maria Lucia Boarini

Período: 2011 - 2012

Acadêmica: Camila Zamboni Oliveira

Resumo: O abuso de álcool atualmente é caracterizado como problema de saúde pública no Brasil. Contudo, no início do século XX, os higienistas já demonstravam preocupação com essa temática. Este estudo visa compreender o abuso do álcool sob a lente do ideário da higiene mental e da eugenia, na primeira metade do século XX, no Brasil. Para alcançar esse objetivo foi realizada a leitura dos Archivos Paulistas de Hygiene Mental(APHM), produzidos pela Liga Paulista de Higiene Mental (LPHM) durante os anos de 1928 a 1930. Cerca de 80% dos artigos produzidos pela LPHM tratam do alcoolismo. As principais consequências do seu consumo eram apontados: aumento dos índices de criminalidade, geração de indivíduos degenerados, diminuição da eficiência do operário, gastos com hospícios, provocação de aborto durante a gravidez e produção de influências maléficas na sociedade brasileira. A educação, principalmente, das classes mais desfavorecidas economicaamente, era apresentada como solução para este problema.

Higiene mental e eugenia: o banco de dados necessário

Pesquisadora: Maria Lucia Boarini

Período: 2011 - 2012

Acadêmica: Raquel Terezinha Luiz

Resumo: Esse projeto propõe a: 1) elaboração de um banco de dados dos materiais reunidos pelos pesquisadores do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Higienismo e o Eugenismo (GEPHE, 2000) – entre eles periódicos, jornais, livros, boletins e documentos oficiais, datados do início do século XX; 2) a digitalização destes materiais; ) levantamento em bibliotecas virtuais de obras, documentos oficiais e estudos já produzidos sobre esta temática e que devem ser somados aos materiais já existentes. Os bancos de dados permitem a organização de registros que, em geral, são utilizáveis para o mesmo fim, promovendo um ambiente adequado, eficiente e seguro de recuperação e armazenamento de materiais, tendo como vantagem ser ompacto, o que torna desnecessário o armazenamento de materiais impressos, em geral, volumosos. O banco de dados em questão será organizado a partir do modelo relacional, no qual as estruturas possuem forma de tabelas que, neste caso, incluem informações a respeito do título do material, autor, data e tipo de publicação. A elaboração deste, assim como a digitalização dos materiais, facilitará o acesso a informações acerca de registros históricos e de difícil acesso para os pesquisadores desta temática, sobretudo para aqueles que residem distantes das bibliotecas tradicionais e que abrigam o material em questão. Assim sendo este projeto pode contribuir para o desenvolvimento de futuras pesquisas sobre o assunto em pauta. Outrossim, se constitui como um fator relevante para formação acadêmica na medida em que as tarefas em tela além de estimular a investigação exigem disciplina e organização em geral.