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Psicologia comunitária e atenção psicossocial: aproximações teórico-metodológicas para intervenção em saúde

Pesquisadora: Renata Heller de Moura

Período: 2013 - 2014

Acadêmica: Naihana Rodrigues Messias Miranda

Resumo: O projeto de pesquisa ora apresentado tem por objetivo pesquisar a Psicologia Comunitária brasileira e o “novo” paradigma da Atenção Psicossocial, visando reconhecer possíveis aproximações teórico-metodológicas para intervenção em saúde. Particularmente interessamo-nos por analisar possíveis encontros e/ou desencontros da Psicologia Comunitária e da Atenção Psicossocial no âmbito da saúde, por meio de uma pesquisa documental. Entendemos que a atuação do psicólogo possui um caráter elitista decorrente dos primeiros anos da profissão no Brasil e que, naturalmente, esse caráter elitista refletiu-se no despreparo desse profissional para atuar nas emergentes áreas de atuação presentes no atual cenário brasileiro. Esperamos que esta pesquisa contribua para incrementar o debate e produzir subsídios teóricos para a reflexão desta problemática, auxiliando na formação para atuação na rede pública de saúde, uma das áreas de atuação emergentes para a Psicologia. Tendo em vista que a Psicologia Comunitária é um saber em construção, valorizado por favorecer a criatividade e a autonomia frente à diversidade do fenômeno subjetivo que se nos apresenta e que, nos últimos anos, a demanda na área da saúde, em especial de saúde mental, aumenta, esta pesquisa busca compreender as propostas teórico- metodológicas da Psicologia Comunitária para intervenção sobre o fenômeno subjetivo no contexto comunitário, já que esta se preocupa com as condições internas e externas do homem, visando, deste modo, proporcionar o bem estar deste. É também, na psicologia Comunitária que os trabalhos em grupos são valorizados, pois tem como molde ideal a participação direta de seus membros buscando solucionar seus problemas. Além disso, queremos compreender as propostas teórico-metodológicas da Atenção Psicossocial, atual modelo de intervenção sobre a saúde mental e diretriz legal para a constrição de ações e serviços em saúde mental, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Ministério da Saúde, a Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/01, busca consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária, modelo este que tem sido chamado de “psicossocial”. Por meio dele, tem-se buscado garantir a livre circulação das pessoas com transtornos mentais pelos serviços, comunidade e cidade, e oferecer cuidados com base nos recursos que a comunidade oferece. A atenção psicossocial, portanto, objetiva levar o conhecimento dos profissionais de saúde (e entre eles está o psicólogo) até os serviços de base comunitária, considerando o indivíduo como sujeito-social, e consequentemente levando em consideração sua história, cultura, ações terapêuticas, tendo como foco principal o estabelecimento e a promoção de saúde, visando o bem estar social de todas as camadas da população. Psicologia Comunitária e Atenção Psicossocial, portanto, parecem ter pontos teórico-metodológicos comuns. Para aprofundar nossa compreensão, propomos esta pesquisa.