"Um museu de grandes novidades": a interface saúde/educação
Acadêmico: Yuri Bruniera Padula
Orientadora: Maria Lucia Boarini
Ano: 2016
Resumo: As discussões sobre a interface saúde/educação são recorrentes há décadas e abordam assuntos que causam grande repercussão social, como por exemplo, a violência, saúde, desigualdade social, dentre outros. Cada um destes temas é dotado de uma complexidade particular, porém destacamos que a escola em geral está presente no interior destas discussões. A recorrência desta temática foi o estimulo para o desenvolvimento deste estudo cujo objetivo foi analisar as propostas e discussões do I Congresso Nacional de Saúde Escolar realizado, em 1941, na cidade de São Paulo e para tanto elencamos como fonte documental os Anais deste evento. Buscamos contextualizar os debates e sua relação com o momento histórico vivido pela sociedade brasileira da época. Entendendo que a saúde escolar é uma temática ampla, estruturamos nossa análise sob as seguintes categorias: saúde, educação e Higiene mental. Os altos índices de doenças, a situação de abandono em que se encontrava a infância e juventude, a necessidade de uma população sadia para produção são alguns dos fatores que permeiam as discussões a respeito da saúde escolar. Uma das questões que sustenta o debate em torno da saúde escolar, baseia-se no entendimento de que os cuidados a população infanto-juvenil seriam uma forma de resolução dos problemas sociais, e desta forma transformar as próximas gerações, ensinando-as hábitos higiênicos e salutares. Frente às necessidades político-sociais da época a ciência médica encontra espaço para legitimar-se como conhecimento capaz de orientar as intervenções em saúde escolar. Ao se apresentar como tema recorrente, entendemos que a saúde escolar traz consigo uma temática conhecida e debatida ao longo da história, porém carrega as singularidades de cada momento histórico da sociedade brasileira.